segunda-feira, 14 de julho de 2014

Solidariedade ao Povo Palestino


Nesta última semana, as atenções se voltam novamente ao Oriente Médio. Desta vez as notícias não são sobre os mercenários financiados pelo imperialismo ocidental que estavam criando caos na Síria para tentar desestabilizar este país que luta pela soberania frente ao imperialismo dos EUA e de Israel, mas sobre o mais recente massacre de palestinos, na faixa de Gaza, pela entidade sionista.

O movimento sionista, inspirado na ideia da formação de um estado racial judeu na Palestina, desde sua fundação em fins do século XIX, vem se ligando aos mais reacionários impérios da história para realizar seu projeto de colonização. Depois de sua fundação na sangrenta guerra de 1948, aplica uma política atroz de colonização e despovoação (de suas populações originárias) dos territórios árabes (principalmente o palestino). Contando com a superioridade militar que lhe proporciona a aliança com a maior potência bélica do mundo — os EUA —, os sionistas têm saído impunes dos horrores que praticam contra os povos daqueles territórios, mesmo com a constante denúncia contra seus crimes que reverberam das vozes de associações humanitárias até conhecidos chefes de Estado.

É eterna na memória dos palestinos, através da experiência vivida, e na dos povos amantes da liberdade e da paz em todo mundo, através do relato de Jacques Reynier, delegado chefe da Cruz Vermelha Internacional, os horrores de Deir Yassin em 1948: “Trezentas pessoas foram mortas, sem nenhum motivo militar e sem qualquer espécie de provação; anciãos, mulheres, crianças, recém-nascidos, foram selvagemente assassinados com granadas e facas por tropas judias da Irgun, perfeitamente controladas e dirigidas por seus líderes”. E o relato prossegue na descrição de horrores que nada deixam a dever aos da recém encerrada Segunda Guerra Mundial. Quase vinte anos depois, na guerra dos seis dias, o Estado de Israel mostrava a mesma crueldade fazendo expandir sua dominação para novos territórios árabes. Dessa vez era o general De Gaulle quem advertia que Israel levantava contra si uma resistência que mais tarde combateria através da acusação de terrorismo.

Nos últimos cinquenta anos a violência se mantem e os palestinos expulsos de suas terras seguem sendo martirizados. Atualmente 1,5 milhão vive esmagados em Gaza sofrendo frequestes ofensivas e retaliações do exército israelense.  A pior delas, no final de 2008 e início de 2009, deixou mais de 1,4 mil palestinos mortos. Treze israelenses, sendo 10 soldados, perderam a vida. A situação se tornou crítica nos últimos tempos quando o Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que não negociaria com o "presidente" palestino Mahmoud Abbas não representava também o Hamas (Movimento de Resistência Islâmica Palestina). Quando Abbas formou um governo de unidade, Netanyahu diz que não negociaria com um governo unificado com "terroristas". Deste modo, a tensão se manteria e geraria mais mortos. E é o que vem ocorrendo desde o dia 7 de Julho: a perpetuação de um genocídio contra o povo palestino.

Sob o pretexto de que o Hamas havia assassinado três adolescentes judeus na Cisjordânia (o que não fora comprovado), o Exército de Israel lança uma nova ofensiva sobre a população civil da Faixa de Gaza. Pelos dados oficiais da ONU, 1,8 milhões de pessoas já foram afetadas pelos ataques sionistas; 168 pessoas foram mortas, sendo ao menos 133 civis, dentre os quais 36 crianças.

O Movimento Bandeira Vermelha envia as mais calorosas solidariedades ao povo palestino que resiste fortemente em defesa de sua etnia e de seu território. Condenamos com todas as forças o sionismo do Estado de Israel e todos os seus lacaios que contribuem para tentar limpar as suas mãos sujas de sangue. A defesa dos direitos democráticos ao povo palestino é dever de todos aqueles que levantam a bandeira da paz, da prosperidade e dos direitos mais triviais à humanidade.

MOVIMENTO BANDEIRA VERMELHA
São Paulo, 14 de julho de 2014

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