domingo, 31 de agosto de 2014

É aprovada a privatização do maior hospital do Estado do Paraná

Tropa de Choque mobilizada para garantir a privatização
do patrimônio público

Nesta quinta-feira, dia 28 de agosto, por ordem federal, foi aprovado por conselho universitário a desvinculação do HC (Hospital de Clínicas) da administração da Universidade Federal do Paraná e a sua implementação à EBESRH (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares). O reitor Zaki Akel já havia tentado a implementação forçada do programa privatista anteriormente sem consulta alguma à comunidade universitária. Assim como, de modo golpista, nas duas últimas tentativas de implementação, o local escolhido para o conselho que iria deliberar a decisão federal não foi nos limites da universidade, sendo uma vez na Procuradoria da República e outra vez nos Correios, algo totalmente ilegal. Se na penúltima vez o reitor não hesitou em jogar policiais - que escoltavam em um camburão os conselheiros - militares contra os estudantes, ontem, conseguindo na justiça uma multa de 100 mil reais ao sindicato e outra de 10 mil reais para cada conselheiro barrado, garantiu também “legitimamente” pela mesma justiça burguesa a ação e presença de 100 policiais, da PM, Polícia Federal e da RONE, dentro da universidade. Apesar da ameaça da polícia, muitos estudantes, técnicos e trabalhadores se organizaram e barraram a entrada da maioria dos conselheiros nas diversas entradas da instituição, mesmo sob repressão e gás de pimenta utilizado pela Polícia Federal.  Nessa ocasião também é importante lembrar que um estudante foi preso sem direito a defesa judicial alguma dentro da universidade, o vídeo do momento, mostra que as acusações imputadas a ele, como desacato e depredação do patrimônio são falsas; mesmo assim, se condenado pode ficar 5 anos na prisão. 

Diante da impossibilidade de ter o número mínimo de conselheiros para a realização do conselho o reitor realiza outra manobra, contacta e manda apenas os conselheiros favoráveis a implementação da  EBESRH para o Hospital de Clínicas para lá, realizarem a reunião por meio de videoconferência. Reinicia-se por Skype a sessão. Os manifestantes reagem e cortando a luz da universidade, impossibilitando a continuação do conselho, deixando o reitor com um último tosco e ilegal recurso para reiniciar novamente o conselho e privatizar assim o hospital: o conselho continuou a reunião pela viva voz do celular do reitor... A Frente de Luta então tenta forçar a entrada na universidade (defendida internamente por policiais federais) e é duramente reprimida, com balas de borracha e bombas, de efeito moral e de gás lacrimogêneo. Uma mulher de 50 anos é atingida 3 vezes por balas de borracha.  A EBESRH era assim aprovada. O Sinditest tenta por fim um último recurso judicial, que visa apontar todas as tantas irregularidades cometidas pelo reitor, com o objetivo de impugnar a decisão do conselho. Assim age o Estado burguês, não conseguindo respeitar nem as leis impostas por ele próprio.

MOVIMENTO BANDEIRA VERMELHA

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