quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Ato político é realizado em solidariedade à RPD da Coreia

Na última terça-feira foi realizado um ato político de solidariedade à República Popular Democrática da Coreia na Faculdade de Administração e Economia da Fundação Santo André, por ocasião dos 65 anos da fundação da República Popular e Democrática da Coreia, em 9 de setembro de 1948. Durante o ato, foi iniciada uma exposição de fotos, bordados, livros e artesanatos ao público feitos na Coreia Popular, que ficará aberta ao público até a próxima sexta-feira. Cerca de 100 pessoas estiveram presentes.

A partir das 19h30, foi exibido o documentário “Coreia, País do Juche”, que mostrou a trajetória percorrida pelo povo coreano na Revolução, desde o período da luta de libertação contra o colonialismo japonês até os dias de hoje. O documentário destacou o papel determinante cumprido pelo Presidente Kim Il Sung, principal líder da Revolução Coreana, que fundou o Exército Popular Revolucionário da Coreia, a União da Juventude Comunista e o Partido do Trabalho. Kim Il Sung liderou, entre os 1950-1953, a luta revolucionária que rechaçou a invasão do imperialismo norte-americano e impôs ao mesmo a primeira derrota militar de sua história. Após a Guerra de Libertação da Pátria, quando o imperialismo norte-americano bombardeou a RPD da Coreia a ponto de não deixar uma única parede, um único hospital ou escola de pé, o documentário mostrou que povo coreano se apoiou nas próprias forças e, sob a direção do Partido do Trabalho da Coreia, reconstruiu sua economia devastada pela guerra e, em apenas 17 anos, concluiu sua industrialização socialista, deixando para trás o passado agrário e colonial e marchando a passos largos para a construção de um país industrial avançado. Foi relatado, no documentário, o importante papel cumprido pelo dirigente Kim Jong Il, que liderou o povo coreano nas épocas mais difíceis da construção socialista, e que estabeleceu a política Songun, de dar prioridade aos assuntos militares e ter como princípio a ideia de que a Revolução se inicia, desenvolve-se e se conclui por meio das armas, como a forma principal de política socialista. O filme mostrou também os avanços recentes da edificação econômica socialista da Coreia do norte, que desenvolve modernas indústrias de máquinas, de bens de consumo, e mecaniza e automatiza em larga escala sua agricultura, contribuindo para a melhoria das condições de vida dos operários, camponeses e demais trabalhadores, resolvendo o problema da escassez alimentar. Foram mostradas filmagens e fotos sobre os mais de 100 mil novos apartamentos construídos pelo Exército Popular da Coreia nos últimos três anos, distribuídos gratuitamente aos trabalhadores do país, que permanecem livres de quaisquer expensas sobre suas moradias.

O documentário “Coreia, País do Juche” causou boas impressões entre os expectadores do ato político, que mostrava a verdadeira realidade da República Popular e Democrática da Coreia, oposta diametralmente àquela que aparece nas mentiras vinculadas pela imprensa reacionária, anti-nacional e anti-povo de Veja, Estadão, Folha de São Paulo e asseclas.

Estudantes da Fundação presentes na exposição de fotos, quadros e artesanato
Após a exibição do filme, o organizador do evento, professor Marcelo Buzetto, chamou os membros das organizações apoiadoras do evento para compor a mesa de intervenções. Partidos políticos, organizações democráticas de massa como o Movimento Bandeira Vermelha, Liga Internacional de Luta dos Povos (ILPS), Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos pela Paz, União Brasileira das Mulheres, Federação Democrática Internacional das Mulheres (FDIM), Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), União da Juventude Socialista (UJS), União Nacional dos Estudantes (UNE), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST-Via Campesina), Centro de Estudos da Ideia Juche, Instituto Latino-Americano da Ideia Juche, Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e Partido Pátria Livre (PPL) marcaram presença no ato. Após a composição da mesa, uma salva de palmas foi dirigida aos representantes dos partidos políticos e organizações democráticas apoiadoras.

O representante do Partido Pátria Livre, Nelson Chaves, durante sua fala, lembrou-se de maneira calorosa suas visitas à República Popular Democrática da Coreia, através das quais, segundo ele, pôde testemunhar a construção de um país independente, livre e soberano, transformado pelo socialismo. Sugeriu aos participantes do ato – jovens, em sua grande maioria – que aproveitassem para visitar a República Popular Democrática da Coreia, e verem com seus próprios olhos a construção de um país que, de acordo com seu testemunho, é um exemplo a ser seguido pelo Brasil, e cuja realidade difere inteiramente das mentiras veiculadas pelos monopólios dos meios de comunicação. Exaltou as ações e os esforços feitos pelo antigo Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8, nos dias de hoje Partido Pátria Livre, PPL) para o estreitamento das relações diplomáticas entre o governo brasileiro e a República Popular Democrática d Coreia.

O representante do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Ricardo Abreu “Alemão”, destacou as relações amistosas do PCdoB com o Partido do Trabalho da Coreia e falou sobre as impressões positivas que teve sobre sua recente viagem (no final de 2012) à República Popular e Democrática da Coreia, por meio das quais comentou sobre as diferenças culturais que devem ser levadas em conta quando se faz qualquer análise sobre a questão coreana – uma sociedade milenar, tradicionalmente marcada pela reverência aos líderes. Ricardo Abreu também elogiou o modelo de socialismo seguido pelo povo coreano, que, ainda segundo ele, foi capaz de avançar e resistir, mesmo em meio a um sem-número de sanções, provocações, cercos e bloqueios, por ser um país que resolve os problemas segundo sua própria realidade, sem copiar realidades alheias, e por manter sua independência política e econômica, apoiando-se nas próprias forças independente da gravidade de quaisquer situações.

Representando o Movimento Bandeira Vermelha e a Liga Internacional de Luta dos Povos, Alexandre Rosendo enviou saudações combativas ao povo coreano e ao Partido do Trabalho da Coreia, em nome de tais organizações. O mesmo destacou que o Movimento Bandeira Vermelha, como organização democrática de massas e anti-imperialista, se esforça para unir as lutas democráticas e anti-imperialistas do povo brasileiro com a luta pela justa paz democrática mundial, pela solidariedade internacionalista com os povos que seguem pelo caminho do socialismo e que querem manter sua independência nacional. Rosendo destacou ainda que o povo coreano possui um grande histórico de lutas por sua independência e contra os agressores estrangeiros, ao derrotarem quase que simultaneamente os imperialismos japonês e norte-americano. Seguiu, dizendo que as provocações feitas pelo imperialismo norte-americano contra a Coreia Popular durante todo o ano de 2013 foram devidamente rechaçadas pelo povo coreano, que deu aos povos do mundo um exemplo brilhante de como resistir à altura ao imperialismo norte-americano. Concluiu sua fala desejando ao povo coreano e ao Partido do Trabalho os maiores sucessos na luta contra o imperialismo e pela independência, pelo avanço do socialismo e pela conquista da sociedade comunista.

Marcelo Buzetto, Paek Tong Un e Alexandre Rosendo
Após ser chamado para compor a mesa de intervenções, Paek Tong Un, conselheiro da embaixada da RPD da Coreia no Brasil, recebeu uma salva de palmas por parte dos presentes. Agradeceu e saudou aos participantes do ato, colaboradores e organizadores que contribuíram para a excelente repercussão do evento político de solidariedade à Coreia, por ocasião dos 65 anos da fundação da República popular e democrática. Durante sua intervenção, Paek Tong Un falou brevemente sobre a história da Revolução Coreana e da luta de libertação de seu povo contra os agressores imperialistas. Quanto à situação dos dias de hoje, ressaltou que a economia se desenvolve bem, através da massiva modernização da base indústria do país, da construção de novas indústrias químicas e apartamentos populares para o povo, que desconhece o pesado ônus do pagamento de impostos sobre moradias. Paek se mostrou satisfeito quanto ao estreitamento das relações entre a República Popular Democrática e o Brasil, assim como quanto às perspectivas do desenvolvimento do comércio bilateral e da diplomacia entre ambos os países. Incentivou os participantes do ato a visitarem a RPDC, estudarem a realidade do país e desenvolverem laços de amizade com o mesmo.

Depois de sua intervenção, os participantes fizeram perguntas e questionamentos sobre a realidade da Coreia Popular. Quando questionado sobre como o país superava as adversidades geográficas e climáticas que obstaculizam o desenvolvimento agrícola (80% do território da Coreia do norte é coberto por montanhas), Paek falou sobre os esforços do governo em desenvolver a indústria de fertilizantes e em desenvolver a produção por área, assim como sobre a necessidade de se ampliar a mecanização para se aproveitar ao máximo o solo disponível para a agricultura. O conselheiro da embaixada também falou, ao ser questionado, sobre o papel da juventude na RPDC e na construção do socialismo. Atestou que o Partido do Trabalho da Coreia dá uma importância grande ao engajamento de jovens em diversos setores da sociedade, como na construção econômica industrial e agrícola, e que os jovens também cumprem um papel de vanguarda como quadros de defesa, no Exército Popular da Coreia e na Guarda Vermelha Juvenil. Finalizando, Paek Tong Un criticou duramente os meios de comunicação reacionários brasileiros, classificando-os como mentirosos e vendidos, que serviriam somente para aumentar a desinformação e as mentiras sobre seu país.

Finalizando o evento, o organizador Marcelo Buzetto convocou os presentes para participarem de uma manifestação conjunta de solidariedade à Síria, para denunciar as agressões dos Estados Unidos e a iminente intervenção militar imperialista-colonial contra o país.

Confira algumas fotos da exposição:



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