O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, rechaçou este
sábado a ingerência do governo dos Estados Unidos na Síria e acusou o império
estadunidense de ser o mais terrorista do mundo. “Parece que os
Estados Unidos pretendem criar uma grande guerra no mundo”, disse o mandatário
venezuelano, que denunciou a administração de Barack Obama pelo ataque contra o
povo árabe da Síria e dos demais países do Oriente Médio.
O chefe de Estado da Venezuela indicou que nos EUA se faz
acreditar em uma suposta campanha contra o terrorismo enquanto os mais
terroristas são eles mesmos. “Uma suposta luta contra o terrorismo, sendo que
os mais terroristas são as elites dos Estados Unidos”, afirmou. Da mesma maneira, manifestou que nenhum país deve se
meter nos assuntos internos das nações. “Nós acreditamos em outra humanidade.
Livres ou livres, não há outra opção. Não é escravidão ou humanidade. Hoje o
caminho é somente um, a liberdade e a independência”, declarou.
Afirmou que alguns grupos que agora fazem parte da
direita venezuelana foram treinados pelos Estados Unidos e são financiados
diretamente pela CIA. Disse que esses grupos vendem sua alma ao diabo e são
capazes de atentar contra o seu próprio povo. Recordou do caso de Edward Snowden que publicou
documentos que demonstram que o Governo Obama espiona o mundo, inclusive seus
próprios aliados. “Até onde pode chegar a ambição de governar o mundo das
elites imperialistas dos Estados Unidos que são capazes de fazer isso”,
perguntou.
O presidente da Venezuela destacou em sua fala a “mentira
que impõe os meios de comunicação” e fez referência a guerra que os Estados
Unidos perpetraram contra o Iraque e a Líbia, quando os meios manipularam a
informação para favorecer a postura estadunidense. “Agora acabam de
inventar algo. Em todo caso, temos que esperar a investigação (...) há algum
tempo a Síria foi alvo de um ataque químico”, afirmou o chefe de Estado, ao
mesmo tempo em que agregou que os Estados Unidos tem uma “dupla moral” para questionar
os assuntos internos do país árabe, “porque as armas químicas são fabricadas
pelos EUA”. Igualmente denunciou que Barack Obama sustenta que “se há um ataque
químico, intervamos militarmente na Síria”.
Nesse contexto, manifestou que a nação norteamericana
quer “partir a Síria em quatro pedaços” e assinalou que esta determinação está
baseada no fato de que este país é “a base da estabilidade do mundo árabe; é a
que resiste ao avanço e a expansão (imperialista)”.
Maduro também expôs seu rechaço à “situação lamentável”, em torno do “lançamento
do conjunto de armas químicas”. Nesse sentido, enviou condolências ao país que “é
foco de ataques terroristas”. Também questionou que as cadeias de informação de todo o
mundo “atacaram o Governo da Síria”. “Estamos no ponto de partida de uma guerra
aberta contra a Síria. Nós não vamos abandonar o povo sírio”, afirmou. Disse que atuará na Unasur (União das Nações
Sulamericanas), ONU (Organização das Nações Unidas) e demais organismos
internacionais para fazer todo o possível pela paz para o povo egípcio, o povo sírio
e o povo árabe.
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